Para a nutricionista Sophie Deram, sim! “Dietas restritivas estressam o corpo e fazem o cérebro alterar o apetite e o metabolismo”, justifica. Sophie é doutora em Endocrinologia pela Faculdade de Medicina da USP, especialista em obesidade e transtornos alimentares.

Ficou curioso? Entenda o raciocínio dela:

• Comer conscientemente é o mais importante: você pode incluir de tudo no seu cardápio, até fast food e doces, desde que de uma forma controlada, sem exageros. Isso faz bem para sua saúde física e mental.
   
• Dieta restritiva estressa o cérebro: Quando a gente passa fome ou “vontades”, nosso cérebro desenvolve mecanismos de adaptação, ou seja, vai aumentar ainda mais nosso apetite e diminuir o metabolismo. No curto prazo funciona, você emagrece. Porém, no longo prazo, seu corpo começará a armazenar gordura. “De 90% a 95% das pessoas que fazem uma dieta restritiva voltam a engordar, não só tudo de novo, mas ainda mais”, diz.
   
• A solução é entender o motivo de você estar acima do peso: É porque você come muito? É porque seus hormônios estão descontrolados? É porque você é sedentário? A partir daí, é hora de tratar a causa!
   
• Fuja do “Terrorismo Nutricional”: Hoje, a crença geral da população é que o alimento é bom (porque emagrece) e ruim (porque engorda). Mas há muito mais do que isso! É preciso escutar o seu corpo, comer o que tem vontade. Comer não pode ser um ato ligado à culpa ou algo estressante. “Colocar uma população inteira sem açúcar, sem glúten ou sem lactose é uma loucura! O terrorismo é esse: cada vez mais as pessoas não sabem o que comer. Acham que controlando o que elas estão comendo vão emagrecer. Na verdade, estão cada vez mais estressadas e com maior risco de ganho de peso”, conta.
   
• Siga recomendações médicas: Por que você vai cortar o glúten do seu cardápio se você não tem doença celíaca? “Cortar um grupo alimentar não é adequado”, avisa Sophie. Quando você faz isso, assusta seu corpo e corre o risco de estocar gordura e engordar no longo prazo.
   
• Cuidado com produtos light e diet: Sophie diz que a indústria, para fazer esse tipo de produto, substituiu o açúcar e a gordura por carboidrato. Então, eles não necessariamente são aliados à dieta ou fazem bem à saúde.
   
• Opte por alimentos verdadeiros: O conceito de alimentos verdadeiros é aquele mais “in natura” possível. Em vez de optar pelo iogurte light com calda de morango, coma o iogurte natural com uma fruta. Quanto menos conservantes e menos industrializado for, melhor!
   
• Prefira comer em casa do que na rua: Na rua, a tentação por industrializados é maior – e seu estresse também aumenta. Alimentos preparados em casa e alimentos que vêm da natureza são mais saudáveis e lhe preocupam menos, evitando o chamado “terrorismo da nutrição”.